Decisão de BdP sobre BES assenta em "erros factuais"

Goldman Sachs considerou hoje que a decisão de não restituir as obrigações da OakFinance ao Novo Banco assenta em "erros factuais" e "viola princípios do Estado de Direito e de equidade", prometendo "acionar todos os mecanismos legais".

Em resposta a uma reclamação do banco norte-americano, o Banco de Portugal (BdP) anunciou hoje que mantém a decisão, de 22 de dezembro, de não transferir para o Novo Bancoa responsabilidade do Banco Espírito Santo (BES) relativa ao empréstimo concedido pela Oak Finance Luxembourg, invocando que, por lei, "os créditos nestas condições não podem ser transferidos para um banco de transição".

Numa breve reação, a Goldman Sachs alega que "nunca deteve mais de 1,6% dos direitos de voto relacionados com as ações do BES, nunca tendo atingido a fasquia dos 2% que a qualificava como acionista de referência, na medida em que os restantes 0,6% correspondiam a posições tomadas em nome de clientes que não lhe conferiam qualquer direito".

O empréstimo em causa, superior a 706 milhões de euros, foi contraído pelo BES, segundo o Banco de Portugal, junto do banco Goldman Sachs através da sociedade luxemburguesa Oak Finance Luxembourg, a 30 de junho.